Fotografada pelo grupo dia 25/10/2010 (segunda). Imagem: Rudge Ramos - São Bernardo do Campo
O Hospital Municipal Universitário (HMU), situado no Rudge Ramos, São Bernardo do Campo, foi inaugurado em 1999 e se tornou uma referência municipal para o atendimento a gestante de alto risco. É uma parceria entre a prefeitura de SBC e a fundação ABC.
O HMU foi o pioneiro na implantação de vários serviços como, o banco de leite humano, o método mãe canguru, a casa da gestante, entre outros.
O banco de leite ajuda principalmente na alimentação de prematuros de baixo peso que não têm força para sugar o peito. Seu estoque é mantido com a doação de leite pelas mães que tiveram seus filhos e estão dispostas a doarem. Para retirarem a doação, o hospital conta com o serviço feito pelos motoboys que foram treinados e capacitados para o atendimento delivery.
A casa da gestante foi criada para as grávidas hipertensas, diabéticas, cardiopatas, gestantes de alto risco que precisam de internação, assistência médica e principalmente emocional, trabalhando o lado psicológico das mães e suas famílias, dando um suporte emocional a gestante de alto risco e a mamãe canguru que estão sensíveis nesta fase da vida.
O método canguru é possibilitar que a mãe fique o maior tempo possível ao lado do bebê dando melhor qualidade de vida ao recém nascido de baixo peso, minimizando o trauma sofrido pela criança que é obrigada a sair do útero materno antes de terminar a gestação, estimulando assim o apego entre mãe e filho, e aumentando a produção de leite humano e consequentemente, eleva o aleitamento materno.
O hospital se encontra em reforma para um melhor atendimento, será uma maternidade “portas aberta”, qualquer gestante que chegar ao hospital, independente de ser da região ou não, será atendida mesmo sem passar antes por um pronto socorro. Tem também, o método de visita que é feito o dia todo sem restrição de horário.
Cordel: "A história do hospital que resolveu fazer humanização" Walter Medeiros
Nesta hora iluminada,
De muita reflexão,
Quero chamar atenção
Dessa gente interessada,
Para uma realidade
Sem dó e sem piedade
Ainda pouco divulgada.
Antes, porém, vou dizer
De onde veio a idéia:
Não é uma panacéia,
Todos vão compreender,
Pois na área de saúde
Há algum tempo eu pude
Muita coisa triste ver.
Nosso povo ainda pena
Em filas de hospitais;
E sempre sai em jornais
Alguma indigna cena;
Mas esse antigo sistema,
Que só traz muito problema,
Pode ficar bom demais.
Muita coisa tem mudado
Em favor do cidadão,
Desde a Constituição
Ninguém mais fica calado;
Por isso exige mudança,
E eu tenho esperança
Que mudará este lado.
Aliás, já começou,
E agora vou lhe contar
Coisas de admirar
Que a gente comprovou:
Vou mostrar o hospital
Que humanizou geral
E a situação mudou.
Bastou ter um diretor
Interessado em mudar,
Para a coisa melhorar
E realmente melhorou;
Um melhor atendimento
Apareceu de repente,
Com ajuda do servidor.
E quem ganhou foi o povo
Que procura o hospital
Quando sofre qualquer mal
Que o posto diz - não resolvo;
Recebido com atenção,
Todos gostaram, então,
Daquele estilo novo.
(...)
Seria bom pensar que todos os hospitais oferecessem um atendimento de tal qualidade como o HMU, mas infelizmente sabemos que isso não ocorre em uma sociedade desigual como a nossa. Em São Bernardo existem muitos hospitais que possuem um atendimento muito bom, mas também há outros que não possuem recursos suficientes para propiciar aos pacientes uma condição digna de serem tratados.
A saúde no Brasil é tratada de maneira muito desigual e isso é algo explícito na sociedade. Podemos observar o quão é absurda a diferença no atendimento das pessoas que possuem convênio médico para as que não possuem.
Para os cidadãos que tem convênio médico, são oferecidas diversas oportunidades de serem atendidos em bons hospitais, realizarem operações financiadas pelo convênio, entre outros.
Se parássemos para pensar, todos os seres humanos são iguais, com direitos e deveres, regras a cumprir, enfim. Então, porque todos os cidadãos não recebem oportunidades iguais na área da saúde? Será que esta situação é resultado dos padrões impostos pela sociedade, ou será que essa diferença foi construída pelas próprias pessoas?
(Fotografado e escrito por: Bárbara P. Moraes/ Beatriz A. Batista/ Bruna R. N. Fernandes/ Eloisa das Graças S. da Cruz/ Leticia Barbato/ Maiara B. Rorato/ Priscila de Almeida)
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